Cristãos continuam sendo assassinados por não negarem o nome de Jesus, na Síria



Algumas das principais agências de ajuda humanitária do mundo, incluindo as Nações Unidas e a Organização ‘Wold Hearth’, alertaram na segunda-feira que cerca de 700 mil pessoas, incluindo 300 mil crianças, permanecem presas em áreas sitiadas ao redor da Síria.
Cristãos, muçulmanos moderados e outros grupos sofreram muito em meio à guerra, enquanto o grupo de apoio à Igreja Perseguida ‘Portas Abertas’ (USA) classificou a Síria como o sexto país em sua lista anual de perseguição religiosa para 2017.
Um cristão perseguido da Síria, identificado como Pastor Edward, disse ao ‘Christian Post’ em uma entrevista que é “muito doloroso” falar sobre o que está acontecendo em seu país.
“A Síria está se despedaçando e o mal está ao nosso redor, podemos tocar o mal e senti-lo, isso está pesando em nossos corações, mas também experimentamos a verdade do Jesus Cristo vivo. É encorajador quando lemos Isaías 60, que diz que a luz nasce sobre a Igreja e que a glória de Deus está sobre a Igreja”, disse Edward.
Testemunhos
Compartilhando alguns dos eventos que testemunhou e o afetaram muito, o pastor contou: “Havia um homem chamado George que se recusou a usar o esconderijo que seu vizinho muçulmano ofereceu, quando os extremistas vieram à procura de cristãos em sua região. Ele falou para sua mãe que ‘Jesus disse: ‘Se você me negar, eu te negarei. O rapaz foi morto e sua mãe nem sequer foi autorizada a enterrar o corpo do filho”.
“Um médico que é meu amigo decidiu ficar em sua comunidade para atender às necessidades médicas de todas as pessoas: cristãs ou não. Ele poderia ter ido embora”, acrescentou. “Ele poderia ter ido para um local seguro, mas ele preferiu ficar para ajudar os outros e acabou sendo levado por extremistas islâmicos. Ele foi assassinado pelos terroristas e o vídeo de sua execução é chocante, me dá muita dor”.
Conforme relata a Missão Internacional Portas Abertas, o extremismo islâmico é a principal fonte de opressão que os cristãos enfrentam na Síria.
Com a ajuda de parceiros locais, a organização fornece ajuda e socorro: Bíblias, treinamento para a Igreja, aconselhamento de traumas e outros tipos de apoio. A Portas Abertas apontou que a maioria das igrejas na nação devastada pela guerra está em ruínas agora. No entanto, há cristãos que insistem em ficar no país e alcançar outras pessoas com a pregação do Evangelho.
Líderes cristãos da região advertiram que os crentes estão sendo expulsos de suas casas ou fugindo antes que terroristas invadam suas comunidades. Porém, há outras histórias que se concentram na conversão de milhares de muçulmanos ao Evangelho. Eles estão se voltando para Jesus Cristo em meio ao derramamento de sangue de cristãos no Oriente Médio.
Edward disse que muitas das histórias de conversão são verdadeiras, observando que um casal se interessou em comparar a Bíblia com o Alcorão (livro sagrado islâmico) e isto os levou a abrir os olhos para o Evangelho.
“Havia um marido e uma esposa que queriam comparar o Deus da Bíblia com o Deus do Alcorão. Quanto mais eles estudavam, mais percebiam que queriam seguir o Deus da Bíblia, que ensinava sobre o amor, a bondade e o perdão”, disse ele. “Eu ouço histórias como as destas pessoas que, uma vez que lêem a Bíblia, preferem seguir a Jesus”
Fortalecendo a féEdward disse que às vezes é difícil praticar o perdão diante de tanta dor e tragédia, mas observou que os cristãos se voltam para Jesus e assim encontram forças para perdoar.
“É difícil perdoar, especialmente quando nossos amigos e familiares estão sendo mortos por razões aparentemente sem sentido, mas como Jesus nos ensinou a perdoar nossos inimigos, nós o fazemos. Nos sentimos fortalecidos em saber que outros ao redor do mundo estão orando por nós e pensando em nós”, ele compartilhou.
O pastor encorajou os cristãos do resto do mundo a continuarem orando pelos crentes na Síria, destacando a grande importância da oração: “Quero que os cristãos saibam que seu apoio e orações significam muito para nós. Podemos sentir suas orações. Isso nos fortalece e nos levanta”.

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